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Estima-se que cerca de 3,4 milhões de homens apresentam incontinência urinária nos EUA, causando constrangimento e impacto negativo na qualidade de vida. Ao contrário do que a maioria dos homens pensa a incontinência urinária não é um sinal normal do envelhecimento. É uma condição tratável e que deve ser investigada.

Tipos de Incontinência Urinária

- Incontinência urinária de esforço: ocorre durante atividade física, como levantar pesos ou tossir, espirrar ou mesmo durante o caminhar.

- Incontinência urinária de urgência: causada pela contração de bexiga quando não deveria, desencadeando uma necessidade súbita e incontrolável de urinar. A sensação é tão intensa que é difícil controlá-la até chegar ao banheiro.

Outros tipos incluem transbordamento (perdas urinárias após bexiga muito cheia) e incontinência mista (esforço e urgência).

Causas:

Incontinência urinária em homens pode resultar de condições médicas tais como aumento da próstata, diabetes, doença de Parkinson ou outras doenças neurológicas. A ocorrência de incontinência urinária pós-prostatectomia (incontinência urinária de esforço) é uma condição que se tornou frequente desde o aumento no diagnóstico de câncer de próstata através da dosagem regular de PSA. A incontinência urinária é mais comum após a prostatectomia radical (retirada da próstata para tratamento de câncer de próstata), mas pode ocorrer também após a ressecção transuretral de próstata. A incidência reportada varia de 5% a 60% dos casos de prostatectomia radical sendo esta ampla variação atribuída aos diferentes critérios usados para a definição da condição. Além do mais, tende a ser mais frequente e mais importante nos primeiros meses após a prostatectomia, com melhora espontânea e muitas vezes completa após este período. A prostatectomia radical e a ressecção transuretral de próstata implicam em riscos de lesão do esfíncter uretral, sendo esta a razão primária da incontinência urinária nestas condições, ainda que possa coexistir algum grau de disfunção do músculo detrusor da bexiga.

Tratamento:

Para os homens com incontinência de urgência, técnicas de fisioterapia envolvendo os músculos do assoalho pélvico estão indicadas. Essas técnicas podem ser usadas isoladas ou em associação com medicamentos antimuscarínicos. Os medicamentos antimuscarínicos são a segunda linha de tratamento para incontinência urinária de urgência. Estes medicamentos previnem as contrações involuntárias da bexiga evitando os escapes de urina. Nos casos em que há um aumento do tamanho da próstata, medicamentos prescritos para reduzir o volume da mesma podem ajudar a melhorar os sintomas urinários. Para os casos refratários, o uso de Toxina Botulínica injetada no músculo da bexiga ou a Neuromodulação Sacral  são as opções de terceira linha de tratamento.

Cirurgia:

As opções cirúrgicas estão indicadas para os casos de incontinência urinária de esforço, normalmente observada após cirurgias de ressecção endoscópica da próstata e prostatectomia radical. Basicamente são duas técnicas efetivas:

Cirurgia Sling masculino Argus:

Slings uretrais masculinos: têm conquistado popularidade usando o mesmo conceito de compressão uretral que os slings femininos, de uso já consagrado. Testados no final da década de 1970 por Kaufman foram reintroduzidos por Schaeffer e colaboradores, que fizeram modificações na técnica cirúrgica, na década de 1990.

Eles oferecem como vantagens, em relação ao esfíncter urinário artificial, o custo mais baixo, técnica cirúrgica mais simples e o fato de dispensar o manuseio, pelo paciente, para permitir a micção.

Esfíncter urinário artificial:

Esfíncter urinário artificial (AMS 800): constitui a abordagem cirúrgica mais bem sucedida no tratamento da incontinência urinária de esforço severa, após a cirurgia prostática radical. O esfíncter artificial substitui o mecanismo natural de continência por meio de uma prótese totalmente contida no corpo e imperceptível. Consiste na colocação de um manguito em torno da uretra bulbar que é conectado a uma bombinha, que fica dentro da bolsa escrotal.

Esta bombinha é ativada pelo homem quando tem vontade de urinar, o que provoca a abertura do esfíncter.

Após a micção o manguito se ativa fechando novamente o esfíncter, prevenindo as perdas de urina.

Os índices de continência social alcançam até 87% e os índices de satisfação do paciente até 96%, em um trabalho com 47 pacientes seguidos durante período médio de 36 meses. Existem riscos de infecção e erosão de uretra.

Os resultados satisfatórios tendem a decair com o passar do tempo (necessidade de revisão em cinco anos maior que 25%).